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Retorno Líquido dos Títulos do Tesouro Direto

Com o aumento do juro previsto para este ano de 2011, as taxas dos títulos públicos subiram bastante, tornando-se atrativos investimentos para os investidores.

Ao longo deste artigo você terá acesso aos seguintes tópicos:

  • 1. Todos os custos presentes no investimento em títulos públicos
  • 2. Cálculo da Inflação Implícita para diversos anos desejados
  • 3. Aproximação de cálculo para a Rentabilidade futura dos títulos posfixados
  • 4. Tabela Final com o Retorno Líquido para todos os títulos ofertados no Tesouro Direto

Veja abaixo o rendimento atual oferecido pelos títulos públicos:

Títulos prefixados passaram a oferecer taxas superiores a 13% ao ano.

Entretanto, ao acessarmos a página do Tesouro Direto é possível constatar apenas o retorno bruto dos títulos. Ou seja, uma taxa de 13% ao ano oferecida pela LTN com vencimento em 2013 não inclui os diversos custos na operação com este título.

Custos para investir no Tesouro Direto

1. Taxa de Negociação

  • 0,10% sobre o valor da operação.

2. Taxa de Custódia

  • 0,30% ao ano sobre o valor dos títulos.

Para saber mais, leia o artigo “Taxas cobradas no Tesouro Direto“.

3. Taxa dos agentes de custódia (corretoras):

  • É cobrada livremente e varia de 0% até 1% ao ano.

Veja a lista das melhores corretoras para investir no Tesouro Direto neste artigo do meu amigo Rafael Seabra, do site Quero Ficar Rico.

4. Imposto de Renda

O imposto cobrado é semelhante aos fundos de renda-fixa. A tabela do IR é a seguinte:

  • 22,50%, em aplicações com prazo de até 180 dias;
  • 20,00%, em aplicações com prazo de 181 dias até 360 dias;
  • 17,50%, em aplicações com prazo de 361 dias até 720 dias;
  • 15,00%, em aplicações com prazo acima de 720 dias.

Para maiores detalhes, veja o artigo “Tributação do Tesouro Direto“ no site Quero Ficar Rico.

Retorno Líquido dos Títulos do Tesouro Direto

Com todos os custos acima podemos trabalhar nos dados do Tesouro Direto para calcularmos o Retorno Líquido de cada título oferecido. Entretanto, devemos, antes, fazer algumas suposições:

1. Inflação Implícita

Títulos Públicos indexados ao IPCA possuem dois componentes em sua taxa anual:

  • (1) Taxa prefixada – A taxa apresentada no Tesouro Direto – Ex. NTN-B 15/05/2015: 6,47%.
  • (2) Variação do IPCA no período – Ano passado (2010), o IPCA registrou alta de 5,91%.

Portanto, a taxa (bruta) deste título seria de 12,76%, utilizando a fórmula: ( 1 + 0,0647) x ( 1 + 0,0591) -1 = 0,1276.

Entretanto, não sabemos qual será a inflação para cada vencimento dos títulos indexados ao IPCA. Como então calcular a inflação implícita para 2015, 2017, 2020, etc?

Fórmula para Inflação Implícita: [ ( 1 + Taxa DI Futuro ) / ( 1 + Taxa NTN-B ) ] -1 – Spread

Exemplo: Inflação Implícita para 2015: [ ( 1 + 0,1289 ) / ( 1 + 0,0647 ) ] – 1 – 0,002 = 6,03%

É necessário retirar o spread pelo fato dos títulos prefixados apresentarem maior retorno (e maior risco) em relação aos títulos indexados ao IPCA com mesmo vértice (vencimento). Logo, citando um exemplo, uma LTN 2015  é considerada mais arriscada do que uma NTN-B 2015, de acordo com dados históricos.

Portanto, embora não seja possível atribuir um valor exato para o desconto do spread, resolvi atribuir livremente um pequeno valor de 0,20% para o spread.

2. Taxa dos Títulos Posfixados

Os títulos posfixados tem como rentabilidade a Taxa Selic Média do período. Portanto, como calcular a taxa destes títulos se não sabemos qual será a taxa Selic daqui a 1, 2 ou 5 anos?

Com o intuito de facilitar os cálculos utilizados, optei por realizar apenas um média entre a Meta Selic atual (11,25%) e a taxa de juros futura para os diferentes vencimentos, 2015 e 2017.

Você pode acessar as taxas de juros futuras para diversos vencimentos neste link, da própria Bovespa.

Logo, basta verificar as taxas do DI Futuro e calcular a média com a Meta Selic atual. Neste caso, temos 12,89% para o vencimento em 2015 e 12,79% para 2017.

3. Alíquota Média para o IR

Calcular a alíquota do IR para os títulos sem cupom é fácil. Basta seguir a tabela de IR exposta anteriormente no artigo. Entretanto, o problema aparece nos títulos com cupom.

Visando simplificar nosso modelo, não considerei o efeito do IR nos cupons. Em termos práticos, a alíquota de IR média para a NTN-B 15/05/2035 é de 15,12% [fonte]. Portanto, como a diferença entre a alíquota de IR é de apenas 0,12% para o título sem cupom (NTN-B Principal 15/05/2035) e esta alíquota incide apenas sobre os lucros, optei por simplificar os cálculos.

Resultado Final

Após juntar todos estes dados e cálculos podemos, enfim, calcular a rentabilidade líquida dos títulos do tesouro direto.

Ranking de Rentabilidade:

  • 1. Prefixados
  • 2. Indexados IPCA
  • 3. Posfixados

Lembrete de sempre: Embora os dados possam sugerir uma maior rentabilidade em um título ou outro, o ideal é procurarmos sempre diversificar nossos investimentos, já que o futuro não nos pertence e os dados apresentados acima podem ser diferentes na realidade futura.

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O Impacto dos Custos nos Investimentos

Fomos criados acreditando que produtos ou serviços mais caros possuem melhor qualidade. É algo natural quando pensamos em roupas, perfumes e carros. Entretanto, esta mesma filosofia não deve ser transferida do mundo “real” para o mundo “financeiro”.

Quem despreza o impacto dos custos em seu portfólio está fadado a cair na ilusão de ter futuramente um patrimônio bem acima do que realmente terá.

Visando explicar de forma simples e clara o impacto dos custos nos investimentos, simularemos 4 situações de investimentos em que, aos poucos, pulando do nível ilusório inicial até o último nível, a realidade. Veja como e porque um planejamento financeiro deve ser feito sempre levanto em conta os custos no resultado final.

Dados de Entrada Iniciais

Patrimônio inicial de R$ 10 mil, aportes mensais de R$ 1 mil, rentabilidade anual de 15% e 20 anos são os dados escolhidos para nossa simulação. Veja nos exemplos abaixo como desprezar os custos pode ser muito perigoso para projetar seu futuro financeiro.

simulação #1 – ignorando custos

Nesta primeira simulação, desprezamos todo e qualquer tipo de custo. Portanto, o resultado final de quase R$ 1,5 milhão reflete a evolução de R$ 10.000 investidos com aportes mensais de R$ 1.000 sendo acumulados à taxa de 15% ao ano ao longo de 20 anos.

Nesta simulação, o investidor alcançaria seu primeiro milhão em março de 2028, portanto, 17 anos após o investimento inicial. Um fato impressionante para quem começou com tão pouco. Entretanto, embora muitas pessoas façam seu planejamento deste modo, sabemos que é fundamental incluir todos os custos nas contas. Que tal começarmos pelo imposto de renda?

simulação #2 – imposto de renda

Notem que, ao incluir o imposto de renda de 15%, os R$ 1,5 milhões iniciais tornaram-se apenas R$ 1 milhão. Ou seja, R$ 500 mil a menos do que o planejamento inicial ou mais 2 anos para ingressar no clube dos milionários. Esta diferença é de -26% em relação ao planejamento original.

E se decidirmos incluir o pior dos vilões, o dragão da inflação?

simulação #3 – inflação

Ao incluir uma inflação anual de 4,5%, o patrimônio final ao longo de 20 anos seria de apenas R$ 600 mil. Ao juntarmos imposto de renda + inflação percebemos o quanto de nosso futuro patrimônio vai para as mãos de terceiros.

Com uma diferença de R$ 870 mil em relação ao plano original ou de -59%, os principais custos realmente passam a ter um grande peso sobre o planejamento financeiro. Ignorá-los é cometer um grave erro e, portanto, deve ser um dos principais fatores no momento de se definir um planejamento de longo prazo.

E se incluirmos ainda os custos de transação: corretagens, custódia, taxas de administração, etc?

simulação #4 – custos de transação

Adotamos nesta simulação uma redução de 2% em relação a rentabilidade original de 15%, visando simular todos os custos implícitos nas operações que fazemos. Corretagens, taxas de custódia, taxas de administração, taxas de performance, ISS, IOF. São tantas as taxas que temos que pagar que o valor de 2% em relação a todo o capital seria uma estimativa ainda conservadora, mas justa.

Percebemos que, incluindo todos os custos nestas simulações, o patrimônio inicial de R$ 1,5 milhões seria na verdade apenas R$ 500 mil. Uma diferença de R$ 1 milhão ou -66%. Uma enorme diferença!

Conclusão

Ignorar os custos no longo prazo pode ser muito perigoso. Você pode acabar com um patrimônio 66% menor do que o planejado. Não faça planejamentos superficiais, inclua todos os custos envolvidos e tenha uma visão real de seu patrimônio final. Deste modo, você poderá tomar decisões melhores para poupar seu dinheiro.

Planilha utilizada. Todos os cálculos nesta simulação foram feitos utilizando a planilha de planejamento financeiro que disponibilizei aqui mesmo no HC Investimentos. Faça o download gratuito dela através deste link.

Acompanhe o site HC Investimentos em diversas mídias sociais:



Carteira HC Investimentos – Julho/2010 [+3,33%]

2010 pode não ser um bom ano para muitos que investem de forma concentrada em ações, já que o Ibovespa apresenta uma queda de -1,56% no ano. Entretanto, 2010 está sendo *excelente* para a carteira HC Investimentos, que acumula um impressionante ganho de 7,50%, acima até mesmo do CDI, cuja rentabilidade é de 5,15%.

Carteira HC Investimentos supera todos os tipos de multimercados no ano de 2010.

A rentabilidade no ano do melhor tipo de fundo multimercado, o multimercado estratégia específica, foi de 6,52% no ano de 2010, valor praticamente 1% abaixo da rentabilidade apurada na carteira HC Investimentos, de 7,50%. Veja mais detalhes neste link (PDF).

  • Desempenho da carteira no mês

Com o forte avanço do Ibovespa no mês de julho (10,80%), a Carteira HC Investimentos, com uma alocação em torno de 30% em Bolsa, alcançou uma rentabilidade de 3,33% contra um CDI de 0,86%.

Mesmo os melhores fundos multimercados não conseguiram um ótimo desempenho neste mês, tendo o melhor deles (CSHG Verde) um resultado de 1,44%.

Acompanhe no gráfico abaixo a evolução da rentabilidade acumulada da Carteira HC Investimentos e de seus benchmarks.

A Carteira HC Investimentos volta a superar todos seus benchmarks em 2010. É importante lembrar que o benchmark oficial sempre será o CDI, porém, ao adicionar os melhores fundos multimercados como comparação, traçamos um objetivo de se equiparar a indústria de fundos profissionais.

Vamos analisar em detalhes os motivos deste ótimo desempenho.

(mais…)

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